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Inquérito às Despesas das Famílias 2005/2006 do INE


A informação apresentada nesta publicação reflecte dados recolhidos entre Outubro de 2005 e Outubro de 2006 junto de 10 403 familias (amostra). Foram apurados neste Inquérito indicadores sobre a distribuição do rendimento e o nivel e estrutura das despesas dos agregados familiares residentes em Portugal, e sobre as respectivas condições de conforto.
A informação estatística apresentada nesta publicação reflecte cinco dimensões diferentes sobre as familias residentes em Portugal: a reparticção dos agregados familiares sob diversas ópticas. No capítulo 1 – despesa anual média por agregado familiar; capítulo 2- o rendimento médio por agregado familiar; no capítulo 3 – o rendimento por adulto equivalente,no capítulo 4 – pobreza e a desiualdade; capítulo 5 – indicadores de conforto.

No primeiro capítulo caracterizam-se os 3,8 milhões de agregados familiares residentes em Portugal no período de recolha, cuja localização geográfica preponderante corresponde às regiões do Continente acima do Tejo: 84,2% dos agregados domésticos privados situam-se nas regiões Norte, Centro e Lisboa.
O segundo capítulo apresenta a descrição detalhada do indicador "despesa anual média por agregado familiar". Em 2005/2006, a despesa anual média era de 17 607€ por agregado. A despesa média em Habitação; despesas com água, electricidade, gás e outros combustíveis representava 26,6% da despesa média total, enquanto que os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas representavam 15,5% do mesmo total. Tanto o terceiro capítulo, como o quarto capítulo, analisam o rendimento dos agregados familiares em 2005:
Em 2005, de acordo com os resultados do IDEF 2005/2006, o rendimento líquido total anual médio era de 22 136€ por agregado, o que corresponde a um rendimento líquido total médio mensal de 1 845€. O aumento do rendimento anual médio por agregado familiar no período em análise, a preços constantes de 2005, foi de 13,5%, com uma taxa média de crescimento anual de 2,1%, desde 1999. a região de Lisboa registava o nível mais baixo na taxa de risco de pobreza calculada com base no rendimento total, a qual se situava em 12%. A Região Autónoma dos Açores registava a taxa mais elevada, estimando-se que nesta região cerca de 21% da população tinha um rendimento monetário e não monetário por adulto equivalente inferior ao limiar de pobreza nacional.*
A comparação destes resultados com os obtidos considerando apenas os rendimentos monetários permite concluir que os rendimentos não monetários influenciavam significativamente o nível desigualdade na distribuição dos rendimentos.
A comparação entre o rendimento total por adulto equivalente (rendimento monetário e rendimento em espécie) e o rendimento monetário permitiu constatar que os rendimentos não monetários desempenharam, em 2005, um papel "equalizador" e de atenuação do fenómeno da pobreza e da exclusão social. Os rendimentos não monetários, correspondentes a autoconsumo, auto-abastecimento e recebimentos e salários em géneros, comum peso de 19,2% no rendimento total das famílias permitiram uma redução de três pontos percentuais na taxa de risco de pobreza estimados para 2005.
A taxa de risco de pobreza dos rendimentos totais – monetários e não monetários – por adulto equivalente apresentou igualmente uma redução no período compreendido entre os dois inquéritos. De facto, enquanto que de acordo com o IOF 2000, o limiar de pobreza era de 5 170€ (valorizados a preços de 2005) e a incidência da pobreza era de 18%, em 2005, a linha de pobreza do rendimento total ascendia a 5 794€ e a taxa de risco de pobreza era de 16%.
O último capítulo, capítulo 5, apresenta os principais atributos dos indicadores de conforto básicos, estimando- se que, no período de recolha, 99,7% dos alojamentos dispunham de electricidade, 98,5% tinham água canalizada no interior, 97,4% tinham sistema de esgotos (rede pública ou privada), e 95,8% tinham instalação sanitária completa no interior. Constatou- se ainda que 75,8% dos agregados familiares residiam em alojamentos dos quais eram proprietários.

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