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Este documento reúne a última informação estatística a nível europeu e nacional, centrando-se nas problemáticas essenciais sobre as quais a EAPN Portugal intervém. Numa fase em que se fala de recuperação económica, os últimos dados nacionais e europeus referentes à pobreza e exclusão social refletem o impacto que a crise económica e as várias medidas de austeridade implementadas após 2008 tiveram nestes fenómenos e nas pessoas que se encontram nestas situações.

Dos dados recolhidos ressalta:

• Em 2013, 24.5% da população europeia (aproximadamente 122.6 milhões de pessoas na EU28) era considerada como estando em risco de pobreza e/ou exclusão social, de acordo com a definição adotada pela Estratégia 2020. O valor registado para Portugal era de 27.5%.

• Em termos de género, são as mulheres que se encontram em maior risco de pobreza e de exclusão social (25.4%).

• Em termos etários e para ambos os sexos, é o grupo com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos (mais de 30%) que se encontra em maior risco de pobreza e de exclusão social. As crianças, com idades até aos 18 anos, constituíam o segundo grupo mais vulnerável à pobreza e à exclusão social, com 27.6%. No que diz respeito às pessoas mais idosas (65 e mais anos), a percentagem tem sido das mais reduzidas, com 18.3%.

• Tendo em conta a composição do agregado familiar verificou-se que, para 2013 e para a UE28, o risco de pobreza e exclusão social para as famílias monoparentais com um ou mais filhos a cargo manteve-se elevado – quase 50%.

• A situação dos imigrantes também é significativamente grave ao nível da UE. Em 2013, 34.4% das pessoas que viviam num país da UE que não era aquele onde nasceram, estavam em risco de pobreza e de exclusão social.

• Em 2013, 34.8% das pessoas com nível de escolaridade inferior ao secundário encontravam-se em risco de pobreza e de exclusão social (3 vezes mais em risco quando comparadas com outros grupos com nível de escolaridade superior).

• Pobreza Monetária: 16.7% da população da UE ganhava, em 2013, menos de 60% da mediana do rendimento por adulto equivalente a nível nacional (limiar da pobreza). As famílias monoparentais foram as mais afetadas pela pobreza monetária (32%).

• Privação Material: 9.6% da população na UE28, em 2013, estavam em situação de privação material severa. Para Portugal a percentagem foi de 10.9% em 2013 e em 2014 estima-se uma ligeira descida para 10.6%.

• Baixa intensidade de trabalho: 10.7% das pessoas com idades entre os 0 e os 59 anos viviam em 2013 em agregados com muito baixa intensidade de trabalho.

• In-work poverty: Os homens (9.4%) são mais afetados pelo in-work poverty do que as mulheres (8.5%). A situação é diferente quando estão em causa os trabalhadores jovens com idades entre os 18 e os 24 anos, sendo que neste caso são mais as mulheres (12.5%) do que os homens (10.7%). No conjunto de todos os grupos etários, é junto dos trabalhadores jovens que se encontra a taxa mais elevada de pobreza.

• A taxa de desemprego em agosto de 2015 e para a UE28 de 9.5% (23 022 milhões de pessoas) e para a EA19 de 11.0% (17 603 milhões de pessoas). Portugal foi um dos países onde a taxa diminuiu entre agosto de 2014 e agosto de 2015, de 13.6% para 12.4% respetivamente.

• A taxa de desemprego jovem para a UE28 foi de 20.4% (21.9% em agosto de 2014) e 22.3% na EA19 (23.6% em agosto de 2014). Para Portugal essa taxa diminuiu entre agosto de 2014 e agosto de 2015, de 33.2% para 31.8%.

• Segundo o Eurostat as disparidades salariais entre homens e mulheres situaram-se nos 16.4% na União Europeia. Em Portugal foi de 13.0%.

• Estima-se que o impacto do envelhecimento demográfico no seio da UE seja significativo nas próximas décadas. As pessoas com idades entre os 0 e os 14 anos correspondiam a 15.6% da população da UE28 (1 de janeiro de 2013); as pessoas em idade ativa, ou seja, com idades entre os 15 e os 64 anos, correspondiam a 66.5% da população e as pessoas idosas, com idades de 65 e mais anos, detinham a parcela de 17.9% da população (um aumento de 0.4% comparativamente ao ano anterior).

• O índice de dependência dos idosos está projetado para aumentar de 27.8% para 50.1% na EU (para Portugal estima-se um aumento de 29.8 para 63.9), o que implica que das 4 pessoas em idade ativa que existem para cada pessoa com mais de 65 anos, passarão a existir 2 pessoas em idade ativa.

• Em 2014 a população da UE alcançou os 507 milhões de pessoas, dos quais 169 milhões (33.3%) eram crianças e jovens (menos de 30 anos). Por sua vez, o número de pessoas idosas (com 65 e mais anos) tem vindo a exceder o número de crianças (menos de 15 anos) em 2004. O crescimento das pessoas idosas tem sido contínuo e o número de crianças tem-se mantido relativamente inalterado, daí em 2014 existirem na UE28 93.9 milhões de pessoas com 65 ou mais anos e 79.1 milhões de crianças.

• No que diz respeito aos dados do INE, em 2013, 19.5% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2013, valor que aumentou 0.8 p.p face ao ano anterior e o mais elevado desde 2004.

• Em 2013, 23% dos agregados familiares com crianças dependentes estavam em risco de pobreza, enquanto esta taxa era de 15.8% para agregados sem crianças dependentes.

• Tendo por base a linha de pobreza ancorada no tempo, a taxa de risco pobreza em Portugal, em 2013, seria de 25.9%, mais 6.4 pp do que a taxa de pobreza verificada através do cálculo normal. Verifica-se um aumento no risco de pobreza junto de todos os grupos etários, sendo que é junto dos mais idosos que se encontra uma maior discrepância entre o risco de pobreza de 2013 (15.1%).

• Em 2013, 20% da população com maior rendimento recebia aproximadamente 6.2 vezes o rendimento dos 20% da população com o rendimento mais baixo. Esta desigualdade é ainda maior quando verificamos que 10% da população mais rica aufere 11.1 vezes o rendimento dos 10% da população mais pobre (10.7 em 2012 e 10.0 em 2011).

• Segundo os últimos dados disponibilizados pelo INE relativos ao 2º trimestre de 2015 por local de residência a taxa de desemprego era de 11.9%.

• Em Portugal, 19.5% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2013, valor que aumentou 0.8 p.p face ao ano anterior e o mais elevado desde 2004.

• Tendo em conta os grupos etários, verifica-se um aumento desta taxa nos diferentes escalões entre 2012 e 2013. Tanto para as crianças como para os adultos entre os 18 e os 64 anos, a taxa de risco de pobreza de 2013 é a mais elevada dos últimos 10 anos.

• Desde 2007, as crianças apresentam-se como o grupo etário com maior vulnerabilidade à pobreza e desde 2003 que a taxa de risco de pobreza junto das crianças permanece superior a 20%.

• Os últimos dados do INE indicam quem, em 2014, 27.5% da população residente em Portugal encontrava-se em risco de pobreza ou exclusão social, sendo que para os homens era de 26.7% e para as mulheres de 28.1%.

• Segundo dados do INE (Rendimento e Condições de Vida), em 2013, 20% da população com maior rendimento recebia aproximadamente 6.2 vezes o rendimento dos 20% da população com o rendimento mais baixo.

• Os dados do INE apontam para a existência de 726 mil pessoas em situação de desemprego em 2014, o que representa um decréscimo homólogo de 15.1% (menos 129,2 mil pessoas).

• É junto dos jovens que a taxa de desemprego atinge valores mais elevados. Em 2014, mais de um terço dos jovens entre os 15 e os 24 anos que se encontravam disponíveis para trabalhar estavam em situação de desemprego (34.8%).


Aceda ao documento na íntegra no ficheiro em anexo.

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