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Este documento reúne a última informação estatística a nível europeu e nacional, centrando-se nas problemáticas essenciais sobre as quais a EAPN Portugal intervém.
Numa fase em que se fala de recuperação económica, os últimos dados nacionais e europeus referentes à pobreza e exclusão social refletem ainda o impacto que a crise económica e as várias medidas de austeridade implementadas após 2008 tiveram nestes fenómenos e nas pessoas que se encontram nestas situações.

Dos dados recolhidos ressalta:

–  Segundo os últimos dados do Eurostat em 2014 existiam na UE28 cerca de 122 milhões de pessoas em situação de pobreza e de exclusão social (24.4% do total da população) (AROPE). Em Portugal essa percentagem foi de 27.5%.

– São as mulheres que se encontram em maior risco de pobreza e exclusão social (25.2%), por comparação aos homens (23.6%). Em Portugal são também as mulheres que se encontram em maior risco de pobreza e exclusão social (28.1%), por comparação aos homens (26.7%).

– Em 2014, 31.9% das pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos encontravam-se em maior risco de pobreza e de exclusão social, logo seguidas pelo grupo das crianças, com idades até aos 18 anos, com 27.8%. O risco de pobreza e exclusão social para o grupo das pessoas com 65 ou mais anos foi de 17.8%.

– Em 2014, 17.2% da população da UE encontrava-se em risco de pobreza na UE28; 8.9% da população da UE encontrava-se em condições de privação material severa; 11.1% da população com idade entre os 0-59 vivia em agregados onde os adultos trabalhavam menos de 20% do seu potencial de trabalho total no ano anterior (baixa intensidade de trabalho).

– Em 2015, a taxa de emprego para a população com idades entre os 20 e os 64 anos, subiu na UE para 70.1%. Em Portugal essa taxa registou em 2015 os 69.1%. Um dos aumentos mais significativos prende-se com a taxa de emprego para a população com idades entre os 55 e os 64 anos (53.3% em 2015). Em Portugal essa taxa foi de 49.9%.

– Em 2014 as disparidades salariais entre homens e mulheres situou-se em 16.1% na UE. Em 2014, 1 em cada 5 mulheres na UE (20.0%) com idades entre os 25-49 e sem crianças a cargo trabalhavam em part-time. A disparidade aumenta com o aumento dos filhos a cargo, ou seja, quase metade das mulheres (45.1%) com pelo menos três crianças estavam a trabalhar em part-time, comparando com 7.0% dos homens na mesma situação.

– Em Março de 2016 a taxa de desemprego para a Zona Euro (EA19) foi de 10.2%; para a UE28 foi de 8.8% e para Portugal de 12.1%.

– Em Março de 2016 a taxa de desemprego jovem foi de 21.2% para a EA19 e de 19.1% para a UE28. Para Portugal essa taxa foi de 30.7% (Março de 2016).

– A taxa de trabalhadores pobres foi de 9.6% em 2014 para a UE28; 9.4% para a EA19; 10.7% para Portugal.

– O índice de Fertilidade na UE aumentou de 1.46 em 2001 para 1.58 em 2014. Em termos de países, Portugal apresenta um índice de 1.23 (estimativa para 2014) e, no polo oposto, a França lidera com um índice de 2.01 (2014).

– Em 2014 a idade média da população da UE foi de 42.2 anos, o que significa que cerca de metade da população era mais jovem e a outra metade mais velha que 42.2 anos. Portugal (43.1 anos) encontra-se no conjunto de países onde se regista a população mais velha.

– 28 Estados membros da UE concederam o estatuto de proteção a 333 350 requerentes de asilo em 2015. No conjunto das pessoas a quem foi concedido esse estatuto, 246 200 receberam o estatuto de refugiado, 60 700 proteção subsidiária e 26 500 autorização para permanecerem por razoes humanitárias.

– Em 2015, 88 300 requerentes de asilo que apelaram à proteção internacional nos Estados Membros da UE foram considerados menores desacompanhados.

– No que diz respeito aos dados do INE, em 2014, 19.5% das pessoas estavam em risco de pobreza, valor que se manteve estável relativamente ao ano anterior.

– Em 2014, a taxa de risco de pobreza para a população idosa foi de 17,1%, superior em 2 p.p. ao valor registado em 2013 (15,1%).

– Desde 2007, as crianças apresentam-se como o grupo etário com maior vulnerabilidade à pobreza e desde 2003 que a taxa de risco de pobreza junto das crianças permanece superior a 20%. Em 2014 registou 24.8%.

– Dentro dos agregados familiares com crianças dependentes são as famílias monoparentais (um adulto com pelo menos uma criança) e as famílias numerosas (dois adultos com três ou mais crianças) as que apresentam taxas mais elevadas de risco de pobreza (34.6% e 37.7% respetivamente).

– Em 2014, em Portugal, 11% dos trabalhadores encontravam-se em situação de vulnerabilidade à pobreza. Ao longo da última década esta taxa sofreu várias oscilações tendo atingido o seu valor mais elevado em 2007 (11.8%) e o valor mais baixo em 2006 e 2009 (9.7%).

– Os resultados do INE indicam para 2014 uma taxa de intensidade de pobreza de 29%, tendo revelado uma ligeira descida relativamente a 2013.

– Segundo dados do INE, em 2014, 20% da população com maior rendimento recebia aproximadamente 6 vezes o rendimento dos 20% da população com o rendimento mais baixo.

– Em 2015 (INE), 26.7% da população residente em Portugal encontrava-se em risco de pobreza ou exclusão social, menos 0.8 pontos percentuais do que no ano anterior.

– Em Portugal, em 2015 (po), 21.6% da população encontrava-se em situação de privação material e 9.6% em situação de privação material severa.

– Em 2012, 12.2% das pessoas com menos de 60 anos encontravam-se em agregados familiares com uma intensidade laboral per capita muito reduzida. Este valor permanece idêntico em 2013 e apresenta um acréscimo de 2.1 pp face a 2011. Os dados provisórios para 2014 revelam uma descida para 10.9%

– A estimativa provisória da taxa de desemprego para março de 2016 situou-se em 12,1%, tendo diminuído 0,1 pontos percentuais face à estimativa definitiva obtida para fevereiro de 2016.

O documento está disponível para download na íntegra no ficheiro anexo.

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