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Implementação do Plano Nacional da Garantia para a Infância

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Implementação do Plano Nacional da Garantia para a Infância

Contributos da EAPN Portugal para o Plano de ação:

Para a EAPN Portugal a Garantia para a Infância adotada a 14 de junho de 2021, é um marco importante para que cada Estado Membro, incluindo Portugal, realize investimentos significativos na infância e assuma uma abordagem holística do desenvolvimento da criança, com medidas integradas para concretizar os direitos da criança.

O Plano de ação nacional que será apresentado agora em março na Conferência ministerial no âmbito da Presidência Francesa, na nossa perspetiva, deve conter:

  • Um diagnóstico fiável da situação das crianças em Portugal: a pobreza infantil continua a assumir na UE e em particular em Portugal, uma dimensão e intensidade preocupantes. De acordo com as últimas estatísticas produzidas pelo INE, a proporção de crianças e jovens vivendo em situação de pobreza atingiu, em 2020, o valor de 20,4%, tendo-se registado um acréscimo de 1,3 pontos percentuais face ao verificado no ano anterior. Cerca de uma em cada cinco crianças do nosso país encontrava-se em situação de pobreza monetária, valor superior à média comunitária.
  • Apesar da consciência social e até mesmo política sobre o problema da pobreza infantil em Portugal, as estatísticas de que dispomos para a caracterizar têm um carácter agregado. De facto, a informação disponível é obtida de forma indireta a partir da observação da família. A criança não é considerada como unidade estatística, elemento crucial para o conhecimento das suas condições de vida. Reconhecendo a interdependência entre a família e a criança, importa sublinhar que a conceção de bem-estar das crianças é diferenciada da relativa à família, como consequência das suas necessidades específicas, distintas dos adultos.
  • Uma abordagem holística de intervenção com as famílias e o envolvimento de todos os atores que participam na vida das crianças: escola, família, saúde, ação social, desporto e lazer.
  • A participação das crianças. Segundo a Convenção sobre os Direitos das Crianças, todas as crianças, independentemente da idade ou maturidade, têm o direito de expressar livremente as suas ideias e perspetivas, vendo-as respeitadas e consideradas, e participando assim nos assuntos e decisões que lhes dizem respeito.
  • Uma abordagem centrada no perfil individual da família e da criança em risco, proporcionando claramente uma resposta de qualidade, com base no superior interesse da criança.
  • Promoção de projetos inovadores que promovam serviços integrados e direcionados para famílias em risco, mobilizando financiamentos do novo período de programação dos Fundos Estruturais 2021-2027.
  • Um eixo de Governança: assegurar a participação de entidades públicas e privadas, regionais, locais e outras entidades competentes representativas da sociedade civil nas fases de elaboração, execução, acompanhamento e avaliação do plano de ação; assegurar uma estreita articulação com a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030[2] que foi aprovada em Conselho de Ministros a 29 de dezembro e 2021 e na qual consta um eixo prioritário dedicado a “ Reduzir a pobreza nas crianças e jovens e nas suas famílias”.
  • Um eixo de Monitorização: para além da obrigatoriedade de apresentar à Comissão, de dois em dois anos, um relatório sobre os progressos realizados na implementação do Plano de ação importa que seja feita uma avaliação on-going do plano a nível nacional com o envolvimento de todas as partes interessadas.
  • Um eixo de Comunicação: é necessário estabelecer um mecanismo de disseminação da informação relativa ao plano de ação e de envolvimento dos stakeholders relevantes no domínio da infância.

 Aceda ao Parecer na íntegra no ficheiro em anexo.

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Eleições Legislativas 2022: “Pela Defesa de Uma Sociedade Mais Igualitária”

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Eleições Legislativas 2022: “Pela Defesa de Uma Sociedade Mais Igualitária”

As eleições legislativas de 30 de janeiro são marcadas por um panorama mundial muito desafiante despoletado em larga medida pela crise sanitária provocada pela Pandemia COVID 19, mas com contornos que são já muito antigos: as desigualdades gritantes entre os povos no acesso à saúde, à água potável e à alimentação, o acesso à educação e à habitação digna, os conflitos armados e políticos e a consequente problemática dos refugiados, as alterações climáticas, as mudanças no mundo do trabalho com a digitalização e a robótica, etc.

 Por tudo isto as próximas eleições legislativas são tão importantes. Sabemos que as decisões que forem tomadas nos próximos anos no que diz respeito à formulação de política pública vão influenciar as próximas décadas; devemos assistir a um compromisso político e social que favoreça a igualdade e a coesão social. A intervenção política pública deve estar revestida de uma ética específica.

 À semelhança de outros atos eleitorais, a EAPN Portugal elaborou um parecer (em anexo) apelando a que independentemente das orientações ideológico/partidárias, Portugal deve de uma forma partilhada definir uma política de erradicação da pobreza, defendendo e propondo uma ética humanista, uma ética que se fundamenta na dignidade da pessoa e que entende que as pessoas, mesmo quando vítimas de pobreza e de exclusão social, continuam a ser pessoas com direitos e deveres, com uma dignidade própria que deve ser respeitada e assegurada.

Leia o parecer na íntegra no ficheiro em anexo.

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Eleições Legislativas 2022: “Pela Defesa de Uma Sociedade Mais Igualitária”

As eleições legislativas de 30 de janeiro são marcadas por um panorama mundial muito desafiante despoletado em larga medida pela crise sanitária provocada pela Pandemia COVID 19, mas com contornos que são já muito antigos: as desigualdades gritantes entre os povos no acesso à saúde, à água potável e à alimentação, o acesso à educação e à habitação digna, os conflitos armados e políticos e a consequente problemática dos refugiados, as alterações climáticas, as mudanças no mundo do trabalho com a digitalização e a robótica, etc.

 Por tudo isto as próximas eleições legislativas são tão importantes. Sabemos que as decisões que forem tomadas nos próximos anos no que diz respeito à formulação de política pública vão influenciar as próximas décadas; devemos assistir a um compromisso político e social que favoreça a igualdade e a coesão social. A intervenção política pública deve estar revestida de uma ética específica.

 À semelhança de outros atos eleitorais, a EAPN Portugal elaborou um parecer (em anexo) apelando a que independentemente das orientações ideológico/partidárias, Portugal deve de uma forma partilhada definir uma política de erradicação da pobreza, defendendo e propondo uma ética humanista, uma ética que se fundamenta na dignidade da pessoa e que entende que as pessoas, mesmo quando vítimas de pobreza e de exclusão social, continuam a ser pessoas com direitos e deveres, com uma dignidade própria que deve ser respeitada e assegurada.

Leia o parecer na íntegra no ficheiro em anexo.

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Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à Pobreza 2021-2027 da Região Autónoma da Madeira

A EAPN Portugal congratula-se com a iniciativa do Governo Regional da Madeira de lançar uma
Estratégia de longo prazo que visa combater a pobreza e a exclusão social.
Consideramos que o momento atual exige de facto medidas efetivas para debelar um
problema estrutural e que exige intervenção multi- sistémica. 

Na fase que atravessamos de
pandemia, com todos os constrangimentos sanitários que afetam de forma avassaladora a
economia e a sociedade em geral importa definir linhas de atuação que previnam o
agravamento da situação social das famílias. A Região Autónoma da Madeira (RAM) depende
em larga medida do turismo que foi extremamente afetado neste período pandémico.

Do
ponto de vista da atividade económica importa criar condições de atração de outras áreas de
atividade por forma a colmatar as flutuações do sector do turismo decorrentes das diferentes
vagas do COVID 19.
Do ponto de vista da conjuntura atual e apesar de vivermos sob a ameaça permanente da
pandemia temos vários instrumentos que podem ser canalizados para apoiar a implementação
desta Estratégia: desde logo o Plano de Recuperação e Resiliência e o novo Acordo de Parceria
dos Fundos Estruturais. 

Não percamos por isso esta oportunidade e façamos o melhor possível
para melhor a situação económica e social dos agregados mais vulneráveis. 

Aceda ao documento na íntegra no ficheiro em anexo.

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Parecer EAPN Portugal sobre “Plano nacional de combate ao racismo e à discriminação 2021- 2025”

O plano de ação da UE contra o racismo para o período 2020-2025 1
define um
conjunto de medidas para combater o racismo com a ajuda do direito da UE e
recorrendo a outros meios – trabalhando com os Estados-Membros, incluindo os
serviços policiais nacionais, os meios de comunicação social e a sociedade civil, tirando
partido das ferramentas da UE, atuais e futuras, e refletindo sobre a situação ao nível
dos recursos humanos da própria Comissão. 

Portugal tem agora e até 10 de maio o Plano nacional de combate ao racismo e à
discriminação 2021- 2025 em discussão pública e a EAPN congratula-se com o
documento, salientando a preocupação da tutela em ouvir a opinião/posição de
diferentes stakeholders, refletindo o documento já os contributos de muitas entidades
de diferentes domínios de atuação. 

Consideramos também que o documento abrange
de forma transversal as diferentes áreas onde o racismo e a discriminação se
manifestam de forma mais expressiva e consideramos de extrema relevância a
articulação com outros Planos e Estratégias Nacionais como a Estratégia Nacional de
Combate à Pobreza e à Exclusão Social que será apresentada.

Aceda ao parecer na íntegra no ficheiro em anexo.

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Parecer da EAPN Portugal sobre a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030

 

A EAPN Portugal congratula-se com o diploma legislativo que se encontra neste momento em consulta pública. A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030
(Estratégia) visa ser um instrumento de política pública, com um conjunto de ações coerentes e articuladas, que permitam reduzir de forma expressiva a incidência da pobreza. 

A Estratégia enquadra-se no Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e assume uma importância acrescida no contexto europeu. 

A EAPN Portugal desde há vários anos que tem vindo a exigir a implementação de uma Estratégia desta natureza e inclusivamente criou um grupo de trabalho que, em 2015
editou uma publicação denominada “Erradicar a Pobreza, compromisso para uma estratégia Nacional” (2015). Para este trabalho conjunto muito contribuiu o Professor
Bruto da Costa e a Professora Manuela Silva, entre muitas outras personalidades ligadas à causa da luta contra a pobreza em Portugal. 

O legado que nos deixaram não será esquecido e esperamos que possa agora ser concretizado da melhor forma possível.
Por isso estamos muito gratos pela concretização desta nossa ambição e temos esperança que este possa ser o momento de concretização de um modelo de
intervenção capaz de atender às diferentes necessidades do ser humano. Importa que seja uma Estratégia capaz de articular as diferentes áreas, não devendo ser da
responsabilidade de um único Ministério.

 

Gostaríamos de deixar a nossa apreciação e contributos face ao documento agora em discussão pública, mostrando desde já a nossa total disponibilidade para cooperar com
o Governo nacional na implementação e monitorização da Estratégia.

Aceda ao documento na íntegra no ficheiro em anexo. 

 



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Consulta pública da “Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza energética 2021-2050”

A pobreza energética é um tema que tem suscitado um crescente foco de atenção nas políticas
públicas europeias nos últimos anos.
O tema da Pobreza Energética foi introduzido pela Comissão Europeia através da +Diretiva
2009/72/CE (Mercado Interno da Eletricidade) e da Diretiva 2009/73/CE (Mercado Interno do Gás
Natural), tendo sido tornado mais evidente a relevância deste tipo de pobreza e a necessidade de
apoiar consumidores economicamente vulneráveis. Este tema tem vindo a ganhar importância e
exemplo disso foi a criação do Observatório Europeu da Pobreza Energética (EPOV). 

Mais
recentemente, com a assinatura do Pacto Verde Europeu e à luz dos 20 princípios do Pilar Europeu
dos Direitos Sociais, a urgência deste tema ganhou novo fôlego.
Esta Estratégia que se encontra agora em Consulta pública decorre de normas da União Europeia
que obrigam cada Estado-membro a estabelecer uma estratégia de longo prazo para apoiar a
renovação do parque nacional de edifícios residenciais e não residenciais, públicos e privados, para o
converter num parque imobiliário descarbonizado e de elevada eficiência energética, cumprindo,
assim, objetivos europeus de eficiência energética e de redução da emissão de gases com efeito de
estufa. 

Os dados divulgados a 6 de janeiro de 2020 pelo Eurostat, Portugal consta como o quinto país da
União Europeia onde as pessoas têm menos condições económicas para manter as casas
devidamente aquecidas, sendo que cerca de 19% dos portugueses estão em situação de pobreza
energética. Abaixo de Portugal encontram-se países como Bulgária (34%), Lituânia (28%), Grécia
(23%) e Chipre (22%).

Aceda ao Parecer na íntegra no ficheiro em anexo. 

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Eleições autárquicas 2021: Uma oportunidade única para apostar na luta contra a pobreza

O período eleitoral é um momento-chave para fomentar um maior compromisso político e sensibilizar os cidadãos para a importância de um investimento público e coletivo no combate à pobreza.

Assim, e à semelhança de Eleições anteriores, a EAPN Portugal preparou um documento de Tomada de Posição que pretende instigar todas as forças políticas para a defesa de uma sociedade mais justa e apelar a um maior investimento e eficácia das políticas públicas nesta área.


Aceda à Tomada de Posição na íntegra no ficheiro em anexo.

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Plano de Recuperação e Resiliência – “Contributos e Visões da Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (EAPN Portugal) no domínio do acesso à habitação”

Aceda ao Parecer na integra no ficheiro em anexo.

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“25 anos de Rendimento Social de Inserção. Melhorar a sua eficácia na luta contra a pobreza”

A EAPN Portugal acompanha desde o início a medida de política pública que foi criada
em 1996 e que veio dar resposta à recomendação do Conselho de Ministros da União
Europeia para que os Estados Membros reconhecessem «no âmbito de um dispositivo
global e coerente de luta contra a exclusão social, o direito fundamental dos indivíduos
a recursos e prestações suficientes para viver em conformidade com a dignidade
humana» (1996).
Passados 25 anos sobre o Decreto-lei que cria o Rendimento Mínimo Garantido temos
muitas aprendizagens a fazer, mas temos também muitas conquistas feitas: esta medida
de política social, enquadrada na nova geração de políticas sociais inaugura uma nova
forma de trabalhar em rede e favorece o envolvimento dos próprios destinatários no
seu processo de inclusão através da elaboração de um contrato de inserção. 

A proteção
e a promoção do bem-estar das pessoas, nomeadamente das mais desfavorecidas, são
centrais num Estado que se diz social.
No momento em que o Governo nacional se prepara para aprovar a Estratégia Nacional
de combate à pobreza consideramos que a questão da garantia de recursos deve ser um
dos primeiros eixos de uma estratégia desta natureza. A este nível destacamos a
necessidade de dotar de rendimentos as famílias e implementar o sistema de
rendimento mínimo para todas as pessoas desempregadas que permita garantir um
nível de vida digno e acima do limiar de pobreza. Estamos assim no momento ideal para
refletir sobre a medida de política e produzir as alterações que se impõem.

Leia o Parecer na íntegra no ficheiro em anexo.

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