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1. Incluam na agenda política de governação do país o objectivo da erradicação da pobreza; se comprometam com a definição de estratégias e metas para a eliminação da pobreza e encontrem os adequados suportes institucionais para fazer valer os direitos humanos e sancionar o seu respectivo incumprimento;
2. Os responsáveis políticos se empenhem em garantir uma redistribuição mais equitativa dos recursos e da riqueza, que deverá ser tomada em consideração, tanto na concepção das políticas económicas como das sociais, pois, a renúncia a mecanismos de redistribuição do rendimento impede a afirmação de um desenvolvimento sustentável e a manutenção e reprodução da pobreza;
3. Que sejam adoptadas reformas estruturais, uma vez que são muito limitados os resultados das medidas pontuais, por muito necessárias e urgentes que se apresentem; nomeadamente, que seja definido um rendimento adequado às necessidades fundamentais das famílias, que não seja calculado apenas com base na satisfação das necessidades básicas de sobrevivência mas, também, de proporcionar o acesso à educação, saúde, habitação, justiça e cultura. Um rendimento que permita aos agregados familiares viver de forma digna e garantir uma vida minimamente justa e inclusiva.
4. Uma intervenção no sentido da transformação e qualificação dos modelos de funcionamento das instituições, de forma a terem respostas sociais mais eficazes e eficientes. Um novo espírito empresarial com um significado mais polivalente, ou seja, em que a gestão da empresa não possa ter em conta unicamente os interesses dos detentores do capital, mas preocupar-se também com todos aqueles que contribuem para a vida da empresa: os trabalhadores, os clientes, os fornecedores e a comunidade onde está implementada e onde opera.
5. Uma clara inversão dos valores que estão subjacentes ao domínio político. É preciso devolver o poder aos cidadãos. São necessárias formas de democracia mais participativas, a todos os níveis e em todas as políticas. As estruturas de participação devem assegurar que as vozes das pessoas em situação de pobreza e /ou exclusão social sejam ouvidas e incluídas. Precisamos de uma sociedade civil mais informada, mais pró-activa, capaz de agarrar os grandes desafios que se colocam e manifestar-se nas instâncias devidas de forma firme e esclarecida. Esta aposta nesta mudança deve começar nas novas gerações e deve enformar a educação e formação cívica.
Leia o Apelo na integra fazendo o download do ficheiro em anexo.
É fundamental que os momentos eleitorais marquem uma diferença e dêem inicío a uma nova forma de estar, de ser e de agir nas formas de governação, mobilizando os portugueses para uma mais forte consolidação da democracia e para uma sociedade mais justa e igualitária e que tenha como principal objectivo o bem-comum e como causa nacional a erradicação da pobreza.
Membros da delegação da Plataforma no Encontro
Fintan Farrell (Presidente da Plataforma), Conny Reuter (Solidar), Yannis Vardakastanis (Fórum Europeu de Deficientes), Roshan di Puppo (Secretariado da Plataforma), Jardim Moreira (Rede Europeia Anti-Pobreza/ Portugal), Maria Teresa da Costa Macedo (Confederação Nacional das Associações de Família – CNAF), Margarida Medina Martins (Lobby Europeu das Mulheres – Portugal)
"A Rede Europeia Anti-Pobreza acredita firmemente no potencial dos fundos estruturais enquanto instrumentos eficazes e de grande potencial no combate à pobreza e à exclusão social. São necessários progressos a este nível, dado que 72 milhões de europeus se encontram em situação de pobreza."
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