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Pobreza em Diálogo, o novo podcast da EAPN Portugal

Data: 17 de março

Horário: 10:00 – 18:00

Local: Fundação Cupertino Miranda, Porto

A pobreza e a exclusão social ainda são fenómenos pouco conhecidos e compreendidos na nossa sociedade. Mediados pela jornalista Joana Ascensão, os nossos episódios unem cidadãos que viveram a pobreza e a exclusão social na primeira pessoa a peritos nacionais. Colocamos em discussão, entre estes participantes, temas críticos como o desemprego, a responsabilidade social nas empresas e a pobreza infantil.

Enriquecido com ilustrações de Helena Beatriz e produzido pela EAPN Portugal em colaboração com a Filtro Produtora, este podcast pretende dar voz à pessoas e envolver todos para tornar o combate à pobreza um desígnio nacional.

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Convocatória Assembleia Geral

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Reuniões e Contactos Institucionais

Convocatória Assembleia Geral

Data: 30 de novembro de 2023
Local: Sede da EAPN Portugal

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EAPN Portugal e Município do Funchal assinam protocolo de cooperação

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Reuniões e Contactos Institucionais

EAPN Portugal e Município do Funchal assinam protocolo de cooperação

Data: 19 de outubro de 2023
Local: Município do Funchal

A 19 de outubro foi assinado o protocolo de cooperação entre EAPN Portugal e o Município do Funchal.

Firmado no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal, o Município compromete-se a apoiar a EAPN Portugal no desenvolvimento das suas atividades.

Estas têm como objetivo a identificação dos problemas sociais no concelho e a consequente intervenção, bem como a prevenção de novas situações de pobreza e exclusão social.

 

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Um em cada cinco residentes em Portugal estão em risco de pobreza ou exclusão social

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Reuniões e Contactos Institucionais

Um em cada cinco residentes em Portugal estão em risco de pobreza ou exclusão social

16 de outubro de 2023

Dados são referentes a 2022 e dizem respeito aos rendimentos de 2021. A taxa diminuiu em comparação com o ano anterior, mas a Rede Europeia Anti-Pobreza sublinha que os portugueses não estão a viver com melhores condições.

Dados são referentes a 2022 e dizem respeito aos rendimentos de 2021. A taxa diminuiu em comparação com o ano anterior, mas a Rede Europeia Anti-Pobreza sublinha que os portugueses não estão a viver com melhores condições.

De acordo com os dados analisados pelo Observatório Nacional de Luta Contra a Pobreza da EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza, no seu Relatório Pobreza e Exclusão Social em Portugal 2023, uma em cada cinco pessoas – (20.1%) da população residente em Portugal -estava em risco de Pobreza ou Exclusão Social (PES) de acordo com o inquérito de 2022 (ICOR/EU-SILC).

Porém, a organização alerta que é importante reter que “os dados deste relatório não olham para o momento atual e não conseguem espelhar o aumento do custo de vida. Há um empobrecimento da população causado pelo aumento do custo de vida e das taxas de juros que é invisível nos dados oficiais”.

“Quanto menor o rendimento do agregado familiar, maior será o peso que os custos com habitação, com energia e com alimentação terão no orçamento familiar”, explica o relatório.

Para além de os dados serem referentes a 2022, é importante salientar que os rendimentos analisados reportam a 2021. A organização refere, ainda, que mesmo que a taxa tenha diminuído, Portugal continua a ter mais de dois milhões de pessoas em pobreza ou exclusão social. Ou seja, cerca de dois em cada dez portugueses estão ou em situação de risco de pobreza (com um rendimento inferior a 551€ mensais) ou em privação material e social severa ou vivem em agregados onde se trabalhou em média menos de 20% do tempo de trabalho potencial (intensidade laboral muito reduzida).

No Relatório, a organização destaca ainda que “desde 2015 que o perfil dos grupos mais vulneráveis ao risco de pobreza ou exclusão social pouco ou nada se alterou”. Em 2022, permanecem como grupos mais vulneráveis os desempregados (60.1%), seguidos de outras pessoas fora do mercado de trabalho (excluindo desempregados e reformados) (35.5%); as famílias compostas por apenas um adulto e pelo menos uma criança dependente (35.7%), seguida das famílias com dois adultos e três ou mais crianças (27.8%) e das famílias compostas por apenas um adulto isolado (26.7%); os estrangeiros com nacionalidade extracomunitária (34.1%); as pessoas que vivem em alojamentos arrendados, nomeadamente com renda a preço reduzido ou gratuito (33.8%); as pessoas com um grau de limitação da atividade severo (31.4%); as pessoas com baixo nível de escolaridade (no máximo até ao ensino básico (27.7%); os residentes em áreas pouco povoadas (26.4%); as mulheres (20.7%); as crianças (20.7%), com uma pequena diferença face à população com 65 anos ou mais (20.5%).

As mulheres e as famílias com filhos, nomeadamente as famílias monoparentais e as numerosas, são as que acumulam um maior risco de pobreza ou exclusão social e maior risco de pobreza monetária. Olhando especificamente para a pobreza monetária, percebemos que o risco de pobreza das mulheres é de 16.8% (20.7% no caso da pobreza ou exclusão social), mas é de 25.8% entre as mulheres que vivem sozinhas (30.6% quando falamos de pobreza ou exclusão social).

Outro grupo que merece destaque é o dos desempregados. Com 60.1% dos desempregados em risco de pobreza ou exclusão social, 43.2% em risco de pobreza monetária e 34.6% em agregados com intensidade laboral muito reduzida, os desempregados são claramente o grupo mais vulnerável. Não existe qualquer outro grupo com taxas mais elevadas nestas três dimensões.

A organização refere, também, a vulnerabilidade da população empregada. Segundo o inquérito de 2022, 12.2% dos trabalhadores estavam em risco de pobreza ou exclusão social e 10.3% em risco de pobreza monetária. Portugal é o 7º da EU27 com maior vulnerabilidade dos trabalhadores nestes dois indicadores.

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza com um misto de esperança e preocupação

“Por muito que os números oficiais nos digam que a taxa de risco de pobreza não aumentou sabemos que a situação nacional não é otimista. Medidas como o aumento do salário mínimo nacional, apesar de relevantes, não permitem fazer face às despesas mais básicas

das famílias, contribuindo assim para o agravamento do número de trabalhadores pobres que existe em Portugal”, refere a organização na sua mensagem que assinala o 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

“Estamos inquietos perante a subida constante do preço da habitação, a sua escassez, o crescimento da emigração jovem qualificada, a baixa taxa de natalidade e o índice de envelhecimento da população portuguesa”, aponta a EAPN Portugal.

“A pobreza e a exclusão social são uma negação dos direitos humanos, como o Parlamento expressamente reconheceu em 2008. Assim, é urgente aproveitar a oportunidade que Portugal tem neste momento com a aprovação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza e com todos os financiamentos que se encontram disponíveis por via do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030.

Temos vários desafios pela frente e temos de agir de forma concertada e integrada. O combate à pobreza enquanto desígnio nacional não pode ser uma mera retórica. Tem de se consubstanciar em ações concretas e não em medidas avulsas e temporárias que apenas aliviam as situações de pobreza, mas não as eliminam.

A aposta deve ser numa intervenção integrada capaz de suprir as necessidades dos mais vulneráveis nas diversas esferas. É preciso uma nova abordagem de intervenção: a lógica de atuação por áreas acaba por ter poucos resultados a longo prazo e conduz a um desperdício de recursos. Importa, sim, defender o ser humano na sua integralidade – como unidade antropológica biopsicossocial – para que todas as pessoas possam ter uma vida plena. Todas as áreas se tocam e são interdependentes”, sublinha a EAPN Portugal.

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#POBREPOVO: campanha volta a encher as ruas de Portugal na luta contra a pobreza

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#POBREPOVO: campanha volta a encher as ruas de Portugal na luta contra a pobreza

13 de outubro de 2023

Rede Europeia Anti-Pobreza lança campanha nacional para sensibilização da sociedade e
poderes políticos. A iniciativa enquadra-se no Dia Internacional para a Erradicação de Pobreza
e traz testemunhos reais de pessoas em situação de pobreza e exclusão social.

Em 2023, a EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza dá continuidade à sua campanha #pobrepovo. Se no ano passado a campanha/movimento visou testemunhar e denunciar a crescente pobreza no nosso país, através de testemunhos aleatoriamente identificados, transversas a qualquer um de nós, nesta segunda fase da campanha apresentam-se dados reais da realidade portuguesa.

“Estes dados serão apresentados em cartazes que seguem a lógica da primeira campanha, sendo que agora as frases são assinadas e identificadas com o nome Portugal e o ano presente. Reforça-se, assim, a transversalidade da ideia de povo, através da nossa identidade comum”, refere o criativo da campanha, Miguel Januário.

Em 2022, o destacaram-se “histórias, mais ou menos próximas, mais ou menos ocultas, mas que existem e dizem respeito a todas e a todos nós”. Já este ano a campanha dá relevo aos dados sobre pobreza e exclusão social em Portugal através de testemunhos reais.

“Paralelamente, a partir de pequenos vídeos que serão publicados nas redes sociais, estes dados serão reforçados com testemunhos reais, gravados em áudios, de situações que remetem para os dados apresentados nos cartazes”, refere Miguel Januário.

Áudios esses que apresentam retratos dramáticos, mas verídicos, da realidade da pobreza em Portugal. Semelhante ao ano anterior, os cartazes apresentam-se com “uma imagem direta e crua, monocromática e escura, remetendo para o luto”.

Os cartazes vão ser colocados por todo o país, nos 18 distritos representados pela EAPN Portugal e na Região Autónoma da Madeira. Os vídeos, divulgados através das redes sociais, apresentam testemunhos como:

  • “Estou a trabalhar a meio tempo, estou numa residência de estudantes e, infelizmente, quando chego ao dia 20, 21, já não tenho dinheiro para fazer face às despesas. A minha sorte, neste momento, é que tenho um filho mais velho que me ajuda bastante. Realmente é muito triste num país como o nosso haver pessoas que estão nesta situação, porque a inflação e o custo de vida sofreram grande aumento e não se consegue fazer face às despesas”.

O conceito de povo é intencionalmente transversal, refere a campanha, “porque enquanto o grave problema que é a pobreza não estiver resolvido, seremos todos, todo o povo, responsável e pobre porque permite este flagelo e porque fala enquanto sociedade”.

“Também porque essa mesma sociedade que perpetua a pobreza, nos coloca mais perto destas situações (de qualquer uma das descritas nos cartazes) do que longe e afastados delas. Amanhã, por qualquer motivo – um acidente, uma perda familiar, desemprego – qualquer uma ou um de nós está a um passo de ser um nome e uma frase num destes cartazes. Nós não retiramos as pessoas dessa situação, como não garantimos que amanhã lá não estejam mais, sabendo, com toda a certeza, que amanhã era possível acabar com este drama no país e no mundo”, sublinha a Coordenadora Nacional da EAPN Portugal, Maria José Vicente.

A EAPN Portugal apresenta oficialmente a campanha no próximo dia 17 de outubro, no XV Fórum Nacional para a Erradicação da Pobreza, em Coimbra.

Para além dos cartazes, vai-se dar continuidade à conta de Instagram própria (@pobrepovo), onde são partilhados os testemunhos e conteúdos relacionados com a iniciativa e serão também distribuídos sacos de pano, por todo o país, com o mote da campanha.

A campanha e o evento fazem parte da Semana em que assinala o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que a EAPN Portugal começou a celebrar no dia 16 (mais informações em www.17out2023.eapn.pt).

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Pobreza: EAPN Portugal promove mais de 130 iniciativas para combater a pobreza e a exclusão social

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Pobreza: EAPN Portugal promove mais de 130 iniciativas para combater a pobreza e a exclusão social

12 de outubro de 2023

ONG Rede Europeia Anti-Pobreza alerta que o aumento do custo de vida reflete-se, cada vez mais, no dia a dia dos portugueses. Destaca ainda que são precisas medidas estruturais para erradicar a pobreza em Portugal e que as pessoas precisam de estar envolvidas no processo.

Iniciativa pelo Combate à Pobreza e Exclusão Social com 130 atividades por todo o país

De 16 a 24 de outubro, a EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza vai assinalar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza com mais de 130 iniciativas. Esta é uma data em que organização aproveita para reforçar a urgência, no combate à pobreza, de se passar da legislação à ação. Destaca, ainda, a necessidade de existirem medidas estruturais para erradicar a pobreza em Portugal assente numa ética humanista.

A Iniciativa pelo Combate à Pobreza e Exclusão Social tem como objetivo “sensibilizar a população para a pobreza e a exclusão social”, através “do trabalho em rede e em parceria, mobilizando todos para aquilo que o combate à pobreza deve ser: um desígnio nacional”, refere a Coordenadora Nacional da organização, Maria José Vicente.

Deste conjunto de eventos, arrancam, já nos dias 17 e 18 de outubro, o XV Fórum Nacional de Combate à Pobreza e Exclusão Social e a entrega do Prémio de Jornalismo “Analisar a Pobreza na Imprensa”.

Destacam-se ainda eventos como a Mesa Redonda “Casas para todos: dos problemas às respostas” (Porto), Bibliotecas Vivas (Guarda), uma sessão de informação sobre o Acesso aos Cuidados de Saúde para os Imigrantes (Lisboa) e um workshop “Diversidade, Inclusão e Liderança Inclusiva” (Região Autónoma da Madeira).

As restantes atividades da Iniciativa pelo Combate à Pobreza e Exclusão Social podem ser consultadas em www.17out2023.eapn.pt 

XV Fórum Nacional de Combate à Pobreza promove a voz das pessoas em situação de pobreza

O Fórum Nacional da EAPN Portugal é um momento de diálogo e de reflexão com as pessoas em situação de pobreza e com as entidades responsáveis pelas políticas sociais. Os temas variam de ano para ano, conforme o contexto atual da pobreza e da exclusão social em Portugal, em harmonia com as necessidades identificadas pelas pessoas em situação de pobreza.

A 15ª edição desta iniciativa tem como mote “O Combate à Pobreza: um Desígnio Nacional”, no qual os cidadãos pretendem promover a reflexão com os partidos políticos sobre a implementação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza. Dá, também, ênfase não só aos problemas estruturais do país que todos já conhecemos, mas aos outros que se somam e que decorrem da conjuntura internacional. Problemas que já estão a ter, e vão ter no futuro, um impacto muito significativo no bem-estar e nas condições de vida dos portugueses. A subida dos preços da energia, dos bens alimentares, dos combustíveis são evidentes e geram impactos diretos e imediatos nas famílias. Impactos que vão estar refletidos numa publicação a ser lançada no dia 18 com o título “Que Vida É Esta?” da autoria do Conselho Nacional de Cidadãos da EAPN Portugal.

“Agora, mais do que nunca, é tempo de implementar mudanças estruturais a longo prazo e de colocar as pessoas no centro das políticas”, refere a Coordenadora Nacional. “As pessoas são agentes indispensáveis no combate à pobreza. Devem ser os verdadeiros protagonistas quer na definição, implementação e avaliação da Estratégia”, acrescenta.

O Fórum decorre entre 17 e 18 de outubro, em Coimbra. No dia 17 tem início às 14h30 na Sala Almedina do Convento São Francisco. Já o dia 18 começa às 9h30, no Hotel Dom Luís.

Prémio de Jornalismo assinala boas práticas do jornalismo nacional e regional

O Prémio de Jornalismo “Analisar a Pobreza na Imprensa” da EAPN Portugal visa distinguir trabalhos jornalísticos que abordem a pobreza e a exclusão social de forma digna, livre de preconceito e de outras representações negativas sobre estas matérias

Este ano houve um total de 39 trabalhos jornalísticos (20 nacionais e 19 regionais) propostos a concurso. Foram selecionados e analisados pelas pessoas que constituem os 19 Conselhos

Locais de Cidadãos – um por distrito assim como a Região Autónoma da Madeira – e, finalmente, selecionados e avaliados por 4 elementos desse mesmo conselho que os representam.

A cerimónia de entrega dos prémios será no dia 17 de outubro em Coimbra, no âmbito do Fórum Nacional.

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Dia Internacional da Pessoa Idosa 2023

Data: 15, 22 e 29 de setembro de 2022

Horário: 10:00 – 11:30

Local: Plataforma Zoom

A Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal (EAPN Portugal) junta-se a outras organizações nacionais e transnacionais na celebração do Dia Internacional da Pessoa Idosa apelando, por um lado, à importância de se desconstruir os preconceitos que ainda existem relativamente ao envelhecimento e às pessoas mais velhas e, por outro lado, à necessidade, urgente, de se defender e respeitar os seus Direitos.

As Nações Unidas escolheram como lema deste ano a necessidade de se cumprir as promessas da Declaração Universal dos Direitos Humanos para as pessoas idosas: Através das Gerações. A EAPN Portugal gostaria de salientar que a Pobreza é uma violação dos Direitos Humanos e existem em Portugal mais de 500 mil pessoas idosas a viverem em situação de pobreza e/ou exclusão social. Uma realidade que precisamos urgentemente de mudar. Aguardamos com interesse e expectativa pelo plano de ação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza que integra enquanto objetivo a definição de um Plano de Ação nacional para o envelhecimento ativo, prevendo um conjunto diversificado de medidas, ajustadas aos diferentes contextos demográficos, territoriais e meios socioeconómicos das pessoas mais velhas. Já se procurou no passado, recente, desenhar uma Estratégia para o envelhecimento, mas a sua concretização nunca passou do papel, consideramos, por isso, que este Plano nacional para o envelhecimento ativo não pode seguir o mesmo caminho.

Portugal enfrenta um desafio demográfico que o coloca, segundo a OCDE, no 5º lugar como um dos países mais envelhecidos do mundo. Viver mais tempo não é um problema, mas constitui um problema ainda não sermos capazes de reunir as condições sociais, económicas e humanas para as pessoas envelhecerem com dignidade, qualidade de vida e no pleno uso dos seus Direitos. Olhemos para as mudanças que precisamos de implementar na área da prestação de cuidados, formais e informais, que visem garantir mais dignidade às pessoas que recebem os cuidados e àqueles que asseguram esses cuidados. Todos nós ao longo das nossas vidas iremos cuidar ou necessitar de cuidados e devemos ser capazes enquanto sociedade de valorizar devidamente o que é Cuidar do Outro.

Precisamos de mudar de paradigma e combater os estereótipos que ainda existem relativamente ao envelhecimento e que colocam as pessoas idosas num lugar secundário, sem voz, na nossa sociedade, na família, nas instituições, nas políticas. O idadismo é um entrave à solidariedade entre gerações e à participação das pessoas idosas. Envelhecer é participar e ter voz na sociedade em geral. A este nível é importante alertar para o facto de alguns avanços na nossa sociedade poderem ser barreiras a essa participação e conduzirem a uma maior exclusão das pessoas idosas, nomeadamente, no acesso aos seus direitos. Destacamos o processo de digitalização pelo qual a sociedade está a passar e que não será possível travar. As pessoas não são digitais, mas cada vez mais o digital está presente nas suas vidas. Um recente estudo da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais1 alerta para os riscos a que estão sujeitas as pessoas idosas nas sociedades digitais, em particular, no acesso aos serviços. Se, por um lado, o digital pode constituir uma oportunidade para agilizar processos, desburocratizar, por outro lado, o facto das pessoas idosas não possuírem os recursos necessários e uma literacia digital, pode levar à sua exclusão de bens e serviços e, como tal, ser um entrave aos seus direitos. Precisamos de identificar estes problemas e criar as condições necessárias para as pessoas acederem de forma igualitária aos serviços. Digital e presencial precisam de coexistir.

Gostaríamos ainda de salientar os riscos que o digital pode trazer no maior isolamento das pessoas. O isolamento é a expressão de que uma pessoa não é amada, não é querida e, num país onde a solidão e o isolamento das pessoas idosas são uma realidade, o digital pode contribuir ainda mais para agravar estas situações. O Ser Humano é um Ser em relação. Ninguém consegue viver de forma plena e saudável sem se relacionar com o Outro, sem receber e dar afetos e amor. Se estamos perante uma transição digital precisamos de estabelecer um equilíbrio entre o digital, ou tecnológico, e o humano e social. Este é um novo desafio que enfrentamos, mas que é central para que possamos envelhecer com dignidade, alegria e felicidade, apoiando-nos uns aos outros e construirmos uma sociedade verdadeiramente Humana.

EAPN Portugal, 1 de outubro de 2023

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EAPN Portugal recebe Medalha de Honra da Cidade de Setúbal

Data: 15, 22 e 29 de setembro de 2022

Horário: 10:00 – 11:30

Local: Plataforma Zoom

De acordo com o Presidente da Câmara de Setúbal, André Dias, a atribuição advém “como reconhecimento pelos valiosos serviços que prestou em prol de Setúbal e dos seus cidadãos, na classe Associativismo e Sindicalismo”.

A EAPN Portugal combate a pobreza e a exclusão social em Portugal há mais de 30 anos, através de trabalho de sensibilização, formação, influência política, investigação e projetos, informação e documentação. Tem abrangência nacional, em todos os distritos, incluindo Setúbal. Sendo a pobreza multidimensional, a organização tem trabalho vários temas: migração, idosos, crianças, comunidade cigana, entre outros.

A entrega da Medalha aconteceu no dia 15 de setembro, no Fórum Municipal Luísa Todi, no âmbito das Comemorações Bocageanas 2023 – Dia de Bocage, da Cidade e do Concelho.

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Presidente da EAPN Portugal recebe distinção por Mérito Social

Data: 15, 22 e 29 de setembro de 2022

Horário: 10:00 – 11:30

Local: Plataforma Zoom

O Presidente da EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza, Agostinho Jardim Moreira, recebeu, no dia 18 de junho, o Galardão de Mérito Social por parte do Círculo Católico de Operários do Porto. A distinção foi entregue durante a Sessão Solene Comemorativa do seu 125º aniversário.

A distinção ao Presidente é-lhe atribuída, de acordo com a organização, “pelos serviços relevantes, que tem prestado à comunidade local, através da Rede Europeia Anti-Pobreza”.

Para Agostinho Jardim Moreira, esta distinção representa “um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela EAPN Portugal”. Demonstra que o trabalho da instituição continua a promover soluções eficazes no combate à pobreza por todo o país.

“É um reconhecimento pelos mais de 30 anos a que nos propomos lutar pelo desenvolvimento integrado da pessoa humana de uma forma estrutural e multidisciplinar”, no contexto do combate à pobreza e exclusão social, explica o Presidente da EAPN Portugal.

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Envelhecimento Ativo Media Notícias - Santarém Santarém

EAPN Portugal lança o jogo de cartas “Iguais na Diferença”

Data: 15, 22 e 29 de setembro de 2022

Horário: 10:00 – 11:30

Local: Plataforma Zoom

O Núcleo Distrital de Santarém da EAPN Portugal criou um conjunto de cartas com propostas para dinamizar atividades sobre a interculturalidade. Estas foram criadas no âmbito da intervenção em contextos educativos formais e não formais desta temática.

O jogo foi criado com a colaboração de Maria Fuzeiro, integrada no Programa OTL de Longa Duração do IPDJ, e de Ana Montez, igualmente voluntária no Núcleo.

O objetivo é sensibilizar para a necessidade de uma sociedade intercultural, que tenha presente os valores da solidariedade, da não-discriminação pela aparência, etnia, género ou nacionalidade, da igualdade, do respeito pela diferença e pela diversidade, da partilha e da inclusão.

O material é gratuito e está disponível para download.

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